Prémio CNS distingue projetos na área das Doenças Neurodegenerativas

Prémio CNS distingue projetos na área das Doenças Neurodegenerativas

6.ª Edição do Prémio CNS – “Temos o poder de mudar o mundo através das nossas ideias e projetos”

O CNS – Campus Neurológico acaba de atribuir o Prémio CNS à Casa de Saúde da Idanha – Irmãs Hospitaleiras Idanha/Sintra. Esta iniciativa tem como objetivo estimular a população a criar iniciativas, projetos e trabalhos que contribuam para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com doenças neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer, a Doença de Parkinson, entre outras.

Esta é a 6ª edição do Prémio CNS, que como habitual, tem como tema “Temos o poder de mudar o mundo através das nossas ideias e projetos”.

A Casa de Saúde da Idanha – Irmãs Hospitaleiras Idanha/Sintra ficou em primeiro lugar, distinguindo-se com a apresentação do projeto “Exercogs®”. “Com este projeto pretendemos responder aos desafios da longevidade, nomeadamente ao nível da prevenção e reabilitação na demência. Consistiu na criação de jogos cognitivos para uma plataforma de realidade aumentada permitindo desta forma efetuar sessões terapêuticas inovadoras de promoção do envelhecimento ativo e prevenção/reabilitação na demência”, explica José Manuel Eusébio, Diretor Gerente na Casa de Saúde da Idanha – as Irmãs Hospitaleiras Idanha/Sintra.

Foram ainda distinguidos com menções honrosas Maria Catela, Mestre em Neuropsicologia Clínica pela Universidade Católica Portuguesa, com o projeto “Identificação de biomarcadores na saliva para o diagnóstico precoce e monitorização da doença de Parkinson”, e Bernardo Flôr-Rodrigues, Investigador da Universidade de Coimbra, pela apresentação do projeto “Potencial terapêutico do transplante fecal na Doença de Parkinson”.

“A identificação de biomarcadores na saliva é uma abordagem inovadora e promissora para o diagnóstico precoce e monitorização da doença de Parkinson. Este estudo fornecerá insights importantes sobre a patogénese da doença e poderá abrir caminho para o desenvolvimento de terapias personalizadas, possibilitando intervenções mais efetivas e precoces para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, esclarece Maria Catela, Mestre em Neuropsicologia Clínica.

Quanto ao seu projeto, Bernardo Flor-Rodrigues, Investigador da Universidade de Coimbra, explica que: “A Doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa caracterizada pela morte de neurónios dopaminérgicos. A evidência científica tem demonstrado que determinadas doenças neurodegenerativas estão associadas a disbioses na microbiota intestinal, ou seja, na alteração da proporção de bactérias presentes no nicho intestinal, afetando, deste modo, o eixo cérebro-intestino”.

A escolha e seleção dos premiados ficou a cargo dos membros do júri, composto pelo Prof. Doutor Joaquim Ferreira (Presidente do júri e Neurologista), pelo Dr. Carlos Paiva (Médico), pela Dra. Maria Manuel Carvalho (Psicóloga), pela Fisioterapeuta Filipa Pona-Ferreira, pelo Dr. António Bastos (Arquiteto) e pelo Frei Hermínio Araújo (Sacerdote Franciscano).

O Prémio CNS nasceu com o objetivo de homenagear e reconhecer o papel de José Ferreira Júnior & João Januário Coutinho na génese do projeto CNS, como exemplos do potencial associado a um envelhecimento saudável e da necessidade de lutarmos contra a “crueldade” do declínio associado às doenças neurodegenerativas.

 

Sobre o CNS – Campus Neurológico

O CNS – Campus Neurológico nasce com o objetivo de facultar a doentes, familiares e cuidadores, num mesmo espaço físico, uma abordagem multidisciplinar, especializada em doença de Parkinson e outras doenças do movimento, doença de Alzheimer e outras demências, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e outras doenças neurológicas.

Adicionalmente, através das unidades CNS Science e CNS Academy, o CNS pretende conciliar uma atividade clínica de excelência com a condução de projetos de investigação de qualidade e a formação de profissionais de saúde e do público em geral.

O CNS tem como missão melhorar a qualidade de vida e autonomia dos seus doentes, utilizando para tal uma abordagem multidisciplinar especializada, realizada por profissionais de saúde de competência reconhecida, em colaboração com os familiares e cuidadores. Tem ainda o propósito de formar os doentes e famílias, tornando-os parte integrante do processo de decisão clínica.

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