Este artigo foi escrito por Inês Zenida, Produtora de Conteúdos na Miligrama.
O Dia Mundial da Segurança do Doente assinala-se, anualmente, a 17 de setembro, tendo como objetivo aumentar a consciencialização relativamente à importância dos cuidados centrados nas pessoas e à prevenção de danos nos doentes.
“Segurança medicamentosa: Medicação Sem Danos”
“Segurança medicamentosa: Medicação Sem Danos” é o tema deste ano, que pretende alertar para a necessidade de melhorar os sistemas, de forma a sustentar uma medicação segura e lidar com práticas perigosas para a saúde.
Atualmente, as pessoas têm uma maior preocupação e cuidado com a sua saúde. Realizam consultas de rotina com uma maior frequência, predispõe-se a fazer exames complementares de diagnóstico e tentam estar melhor informadas acerca das patologias que mais afetam a população, assim como dos tratamentos e respetiva prevenção. Todas as pessoas interessadas por este tema esperam encontrar respostas fiáveis, seja através dos profissionais de saúde ou meios de comunicação social, que assegurem a sua saúde.
Importância da comunicação na segurança do doente
A comunicação assume um papel determinante na qualidade e na segurança da prestação de cuidados, tanto entre profissionais de saúde e doentes, como entre os media e os doentes.
A relação médico-doente contribui para facilitar a compreensão das recomendações médicas, e, consequentemente, prevenir erros e aumentar a segurança do doente. O profissional de saúde deve encarar este momento como uma oportunidade de recolha de informação, crucial em fases como o diagnóstico. Para tal deve:
· Estimular o diálogo com o paciente;
· Utilizar um discurso claro e organizado;
· Adaptar o vocabulário à literacia do utente;
· Completar o discurso oral através de ilustrações, fotografias, gráficos e diagramas.
“…os media devem adotar uma linguagem simples, eficaz e direta, para que todas as pessoas entendam.”
Também os pacientes, familiares e público em geral devem procurar ser ativos e esclarecer os profissionais de saúde sempre que for solicitado, nomeadamente, na descrição de sintomas, assim como mantê-los devidamente informados sobre as suas condições.
No que diz respeito ao ambiente entre equipas de saúde, este também exige que se reforce o espírito comunicativo, que é considerado um dos potenciadores de erro mais frequentes durante as tomadas de decisão e no normal funcionamento de trabalho, nomeadamente nas mudanças de turno.
Por outro lado, como base estrutural na comunicação de saúde estão os decisores políticos e gestores de programas, assim como os gerentes de instalações. São estes elementos no topo da hierarquia que estão responsabilizados por comunicar as diretrizes da forma mais eficaz e garantir que a segurança nos sistemas de saúde e na medicação está a ser adotada. É essencial que seja estruturado um plano de comunicação sólido e adaptado ao público-alvo em questão.
Os media possuem, também, um importante papel neste processo de divulgação, e é através dos mesmos que grande parte da população fica a conhecer os conceitos base sobre saúde e, a partir daí, tomar decisões. É por esse motivo que os media devem adotar uma linguagem simples, eficaz e direta, para que todas as pessoas entendam.
Deste modo, podemos verificar que a comunicação é parte fundamental para a segurança do doente. Comunicar (bem) é a solução para uma população mais saudável.