Há uma grande probabilidade de já ter ouvido falar de SEO e até de já saber ao que se refere. Mas nunca é demais repetir, para garantir que fica esclarecido.
SEO é a sigla para “Search Engine Optimization” e, em português, traduz para “Otimização do Motor de Busca”. No fundo, é a técnica que estuda e aplica estratégias nos conteúdos online, com o objetivo de melhorar o posicionamento orgânico (no Google) ao gerar tráfego e autoridade digital.
O Google é o site mais visitado em Portugal, com 485 milhões de visitas e o único motor de busca no TOP 20 de sites mais visitados em Portugal (Kemp, 2023). Ter uma estratégia de SEO será sinónimo de trabalhar em conjunto com o Google: queremos que quando alguém pesquise por uma das nossas palavras-chave (keywords), o nosso site apareça nos resultados de pesquisa – preferencialmente, em primeiro lugar.
Alcançar a primeira página de resultados no Google é um desafio e tanto! Primeiro, o mercado está cada vez mais lotado. E, no que toca a farmácias e instituições de saúde, não é exceção. Cada vez mais as entidades compreendem a importância de ter um site, constituindo um mercado cada vez mais competitivo. E, por isso, nunca nada é uma garantia absoluta neste digital em constante expansão.
Mas que há conhecimento e técnica por trás da otimização de um site, há. SEO não é só a otimização das palavras-chave – embora estas tenham um papel fundamental. SEO é também garantir que o site ou blogue é responsivo (ou seja, que se adapta à visualização em tablet e mobile), que as imagens utilizadas estão otimizadas para a web, SEO e são leves; que o URL da página está também otimizado… Trazemos algumas dicas que poderá querer anotar e aplicar.
Ora, descubra…
Layout, Marketing e Comunicação
Ter um site bem desenvolvido, que segue as práticas recomendadas do Google e que é rápido, é um dos critérios que o Google tem em conta quando filtra a informação, privilegiando nos resultados de pesquisa sites que cumpram estes requisitos e prejudicando os que não cumpram.
Paralelamente ao site, a estratégia de Marketing e Comunicação tem de existir e ser o pilar para tudo o que é comunicado. Assim, o site deve integrar esta estratégia pré-definida. “Porque é que a minha farmácia precisa de um site?”, “O que pretendo alcançar com o site da minha instituição/ associação de saúde?”, “Que tipo de informação procura o meu público-alvo?”, “Que falhas existem a nível de informação online, no meu segmento de saúde?”, “O que está a minha concorrência a fazer?” – são algumas das perguntas que devemos procurar responder antes de criar um site.
Sobre o SEO – Search Engine Optimization
Antes de tudo, há muitas formas de criar um site. Na Miligrama, desenvolvemos os sites em WordPress – que é um “…sistema livre e aberto de gestão de conteúdo para internet (do inglês: Content Management System – CMS), (…) voltado principalmente para a criação de páginas eletrónicas (sites) e blogs online” (Desconhecido, 2023). A nossa equipa dedica parte do seu tempo a investigar sobre os melhores plugins para cada projeto. Um que nunca falta é o Yoast SEO.
O Yoast SEO é um plugin que simplifica a otimização do SEO nos sites. Em primeiro lugar, define no código fonte do nosso site qual o nome da nossa organização, nome alternativo e descrição (as chamadas ‘meta tags’). Garante também a definição do sitemap. Além disto, permite ativar e definir a imagem de pré-visualização de um link no Facebook e no Twitter. Finalmente, avalia e dá dicas sobre cada página ou artigo no nosso site, apresentando os valores da classificação do SEO, da legibilidade e dá indicações sobre como podemos melhorá-los.
Assim, fazemos um apanhado do que deve ter em conta no desenvolvimento e alimentação do seu site.
Palavras-chave
Muito antes de desenvolver o seu site ou de qualquer avanço comunicacional, deve definir uma série de estudos para o seu projeto, nomeadamente o seu público-alvo e personas. Ao conhecer o seu público-alvo, os seus dados demográficos e interesses, mais facilmente será capaz de definir as palavras-chave que podem ligar o projeto, o seu contexto e estratégia a esses mesmos dados. Saber definir as suas palavras-chave é fundamental. É através delas que o algoritmo do Google compreende o tipo de conteúdo que a sua página trata e que, por sua vez, o filtra para mostrar aos utilizadores que poderão ter interesse nela.
Existem várias ferramentas para encontrar as suas palavras-chave, bem como saber quais as métricas associadas às mesmas. O Ubbersuggest, o Google Keyword Planner e o SemRush são alguns dos exemplos. Além destas três, evidenciamos o ChatGPT – pois, providenciando à plataforma os dados do seu público-alvo e temas do seu site, consegue solicitar uma lista de palavras-chave adequadas ao seu site. A plataforma salvaguarda que é importante que faça a sua própria pesquisa e analise a pertinência de cada palavra. Até porque nem sempre as palavras com mais popularidade são as melhores, seja por terem o “clique” mais caro (nos anúncios), seja por terem muita competição. Afunilar e especificar a sua área nas keywords poderá ser mais favorável para chegar ao seu público-alvo. Não só por, provavelmente, serem menos pesquisadas, mas também por serem focadas num nicho com menor concorrência e, possivelmente, permitindo um melhor posicionamento no Google.
Títulos e Frase-chave principal
Os títulos devem ser sempre definidos quer para as suas páginas, quer nos seus artigos. Devem ser o mais curtos possível e incluir a palavra-chave do conteúdo da respetiva página.
Quando configuramos o Yoast SEO, este vai pedir-nos uma frase-chave principal, em cada página ou artigo. À partida, se o título for bem definido e de acordo com o conteúdo da página, o mesmo pode ser definido como frase-chave principal. O Yoast vai recomendar que a frase-chave principal esteja contida no título, que inicie o primeiro parágrafo ou, pelo menos, reveja um sinónimo, que apareça ao longo do texto, mas não mais que duas vezes, e que seja incluída, também, num subtítulo.
Saber hierarquizar os títulos é também fundamental. Aqui, refiro-me aos H’s: H1, H2, H3, H4, H5, H6. São as tags que no código HTML informam o motor de busca sobre a hierarquia do título e, deste modo, ao definirmos que um H1 é um título, ou um H2, os restantes se constituem como subtítulos.
Metadescrição
A metadescrição é outro campo essencial para a otimização de uma página ao artigo. Esta descreve de forma resumida o conteúdo da página e, deverá, também, integrar a frase-chave principal do respetivo conteúdo. A metadescrição é um texto que tem duas funções: por um lado, ajuda o algoritmo a compreender o assunto do nosso conteúdo, permitindo uma melhor filtragem nas pesquisas. Por outro, ao ser um texto que aparece abaixo do título numa pesquisa, poderá funcionar como atrativo para o utilizador entrar na nossa página.
Slug
Bem, a certa altura parece que viramos o disco e tocamos o mesmo, mas SEO é isto mesmo: um trabalho de persistência incansável. A slug é nada mais, nada menos, que o que segue a barra após o url do nosso site – e pode ser lida pelo utilizador (nós, humanos), como pelos motores de busca (como o Google). Por exemplo: www.miligrama.pt/o-titulo-deste-artigo. No fundo, uma forma de identificar cada página ou artigo inscrito no nosso site e deverá, também ela, estar otimizada para corresponder ao título da página / artigo.
Conteúdos
Ao desenvolver um conteúdo deverá ter dois contextos em mente:
- a) Por um lado, estamos a escrever para pessoas e, por isso, a escrita deverá ser o mais interessante, humanizada e orgânica possível;
- b) Por outro lado, estamos a escrever com o Google em mente e o motor de busca precisa de entender que estamos a escrever para pessoas, de forma estruturada e otimizada.
Assim, além de ser recomendado utilizar uma escrita clara, simples, com frases e parágrafos curtos, espaços em branco, subtítulos, imagens e listas. Deverá ter em atenção as recomendações do plugin que utilizar no seu site – que são, sem dúvida, muito úteis. Mas ter em atenção, não é sinónimo de considerar “religião”. Os softwares, por mais aprimorados que sejam, ainda não substituem a sensibilidade humana. Assim, deverá também discernir se o que está a escrever mantém o leitor cativado… e se o próprio tópico tem relevância para o seu público-alvo.
Fuja da ótica do “encher chouriças”. Garantimos que o seu público-alvo não tem tempo a perder e está cada vez mais exigente com os conteúdos que consome.
Linkbuilding
O “linkbuilding” é um dos fatores mais valorizados pelo Google, uma vez que garantir que o utilizador encontra o que procura é o grande objetivo do motor de busca. Assim, inserir links internos (que geram visualizações no seu próprio site) e links externos (para fontes externas ao seu site, seja as suas redes sociais, seja qualquer outro tipo de site) e como resultado os mesmos gerarem cliques, fará com que o seu grau de autoridade perante o Google aumente – uma vez que está a providenciar informação relevante ao utilizador.
Otimização das imagens
Muito importante. As imagens são um dos fatores que tornam os sites mais lentos, quando não são devidamente otimizadas. Deve optar por utilizar imagens leves e que respeitem o os valores recomendados e permitidos pelo seu site. Ao mesmo tempo, privilegiar o formato adequado à web e recomendado pelo Google – .webp.
É fundamental configurar o alt text das suas imagens. Este “texto alternativo” é um recurso que o Google valoriza, pois confere bons resultados no campo de “acessibilidade” do seu site. Afinal, o seu principal propósito é o de descrever imagens para pessoas invisuais. Por outro lado, ao preencher o texto alternativo com uma descrição da sua imagem, o Google poderá “lê-la” e compreender a sua relevância para uma pesquisa.
Deixamos-lhe duas dicas extra:
- a) A app squoosh.app é uma ferramenta online e gratuita que lhe permite redimensionar as imagens e convertê-las em diferentes formatos, de entre os quais, o formato .webp;
- b) Se por um lado, idealmente, todas as suas imagens deveriam estar no formato .webp, por outro, recomendamos que na imagem de destaque da página ou artigo utilize um .jpeg bem leve. Porquê? Reparamos que o Linkedin não lê o formato .webp, impedindo que uma previsualização do link seja gerada, aquando de uma partilha.
Ser profissional de comunicação é isto: estar atento a tudo e a todas as limitações das plataformas!
Google My Business
Ter uma conta configurada no Google My Business é obrigatório para quem tem um site e o quer ver otimizado para o SEO local (mas não só, quem não tem site, também!). A criação deste perfil permitir-lhe-á validar a sua empresa, instituição ou farmácia no Google e ajudar a destacá-la nas pesquisas por localização, aparecendo no Google Maps. Pode também configurar horário de funcionamento, contactos, fotografias, entre outras informações.
Certificação de Segurança
O certificado SSL é obrigatório em todos os sites, uma vez que atesta a fiabilidade do mesmo. Sem um, o seu browser vai notificar os visitantes, informando-os sobre a possibilidade de sofrerem um ataque a partir dele. E ninguém entra em sites com aviso vermelho, todos voltamos para trás!
Tendências e profissionais de comunicação
É mesmo muito importante manter-se informado sobre as tendências do mundo da comunicação e do SEO, se quer acompanhar os tempos. Afinal, vivemos a alta velocidade. Ao mesmo tempo, atualizar o seu site com frequência será um fator diferencial não só para o visitante encontrar um site sempre atualizado, como para o Google o reconhecer como ativo. Posto isto, as tendências não são tudo. Já a sensibilidade humana e, mais, de um profissional de comunicação, sim – é tudo!
É muita coisa para decorar e aplicar? O nosso conselho mais sincero é deixar a comunicação da sua instituição de saúde e do seu site ao encargo de um profissional. Afinal, não vai recomendar a um doente ou utente que faça o próprio diagnóstico ou receite a sua própria terapêutica, certo?
Na Miligrama juntamos o conhecimento sobre comunicação com saúde e especializamo-nos neste ramo. Peça a sua proposta enviando e-mail para geral@miligrama.com.pt ou através deste formulário: clique aqui.