A Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA) vai realizar uma reunião subordinada ao tema “À Conversa com Anestesiologistas – Hot Topics sobre os Canabinoides na Gestão da Dor”, no dia 20 de abril, pelas 21h00, em formato online. A iniciativa da SPA, com o patrocínio da Tilray Medical Portugal, é destinada a anestesiologistas e tem como objetivo discutir o uso dos canabinoides para o tratamento da dor.
A SPA realiza regularmente webinares para os seus sócios, sobre os mais variados temas de interesse para a especialidade. Este ano, a Secção de Medicina da Dor decidiu abordar a temática do uso medicinal dos canabinoides pela atualidade da terapêutica, tentando esclarecer de forma prática as dúvidas que certamente existem”, afirma Pedro Trincão, moderador da sessão e membro da Secção de Medicina da Dor da SPA.
E acrescenta: “Sendo o tratamento da dor uma das áreas em que a especialidade de Anestesiologia é perita, pretende-se abordar esta indicação. Vamos receber os colegas Artur Aguiar, médico especialista no tratamento de dor no IPO-Porto, que vai fazer uma breve contextualização sobre o sistema endocanabinoide, e falar sobre as principais indicações terapêuticas dos canabinoides; e Rita Moutinho, coordenadora da Unidade de Tratamento da Dor do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, que vai abordar a temática da canábis para fins medicinais da teoria à prática. No final, vai haver tempo para discussão e partilha de experiência clínica, onde a assistência poderá colocar questões aos palestrantes.”
Pedro Trincão refere, ainda, que os anestesiologistas são frequentemente questionados sobre esta temática, tanto no âmbito da Consulta de Dor, como na sua atividade mais frequente a nível peri-operatório, e, até mesmo, fora do exercício da sua profissão com familiares e conhecidos. “É fundamental estarem bem esclarecidos, para poderem informar e decidir com qualidade”, salienta.
A inscrição na reunião é gratuita, mas obrigatória, e pode fazê-la aqui.
A dor crónica é definida como uma dor persistente ou recorrente durante pelo menos 3 a 6 meses, que muitas vezes perdura além da cura da lesão ou da patologia que lhe deu origem, ou que existe sem lesão aparente. Além de ser causa de sofrimento, provocando insónias, ansiedade e depressão, podendo até levar ao suicídio, a dor crónica tem, também, repercussões na saúde física do doente. Por exemplo, pode levar a alterações do sistema imunitário, com consequente diminuição das defesas do organismo e aumento da suscetibilidade às infeções. A dor crónica tem repercussões sobre o doente e a sociedade, tanto pelo sofrimento que provoca, como pelos custos socioeconómicos que lhe estão associados.